quarta-feira, 26 de junho de 2013

AMBIENTE VIRTUAL DE APRENDIZAGEM: Ferramenta de Comunicação e Interação




Polyana Marques Lima
Willams dos Santos Rodrigues

Os ambientes virtuais de aprendizagem (AVA) surgiram de alguns questionamentos como, por exemplo: qual a melhor forma de administrar e gerenciar esse processo, para ajudar o aluno e não deixar que ele se sinta isolado, ou “entregue a própria sorte”?
Os primeiros projetos de construção de ambientes virtuais de aprendizagem destinados à educação iniciaram-se em meados da década de 1990, depois de uma significativa mudança na internet, devido a dois acontecimentos: a criação do primeiro navegador para a web; a internet deixa de ser uma rede acadêmica, incorporando atividades de empresas. Os cursos à distância se apresentavam essencialmente como páginas web, versões eletrônicas dos livros, com muitos textos, poucas figuras e animações e com pouquíssimas possibilidades de interação... e aí, pela popularização da web foram surgindo outras ferramentas da comunicação, algumas até de interação em tempo real, como chats, grupos de discussão ou fóruns... Segundo Penterich, “[...] Muitos professores passaram a usá-las de forma isolada em suas disciplinas e cursos, pois permitiam disponibilização de conteúdos, materiais didáticos de apoio e alguma forma de interação com os alunos [...]”,  assim foi-se buscando formas de interação e de disponibilização de materiais dos professores para seus alunos, e assim uma maior integração entre instituição-professor-aluno. As primeiras versões de ambientes virtuais de aprendizagem para educação foram modeladas com base em quatro estratégias, com relação às suas funcionalidades:
• Incorporar elementos já existentes na web, como correio eletrônico e grupos de discussão.
• Agregar elementos para atividades específicas de informática, como gerenciar arquivos e cópias de segurança.
• Criar elementos específicos para a atividade educacional, como módulos para o conteúdo e a avaliação.
• Adicionar elementos de administração acadêmica sobre cursos, alunos, avaliações e relatórios.
Assim, por meio dessas estratégias, foram criados os primeiros ambientes virtuais de aprendizagem para serem usados especificamente em atividades de aprendizado. Alguns ambientes da primeira geração foram metáforas para alguns modelos de aprendizagem, por exemplo, “uma sala de aula virtual” (Dore; Basque, 1998).
No entanto, o uso desses ambientes mostrava que eles eram mais do que cópias de estruturas existentes, pois possuíam características e sentidos próprios. Os ambientes não são uma repetição de processos existentes, ou uma nova forma para a estrutura da educação. Eles produzem uma diferença significativa na transformação dos processos estabelecidos na Educação. E assim, os ambientes virtuais de aprendizagem surgiram e sofreram inúmeras adaptações e correções para atender a necessidade dos professores, alunos e instituições de ensino.
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA) são softwares educacionais via internet, destinados a apoiar as atividades de educação à distância. Estes softwares oferecem um conjunto de tecnologias de informação e comunicação, que permitem desenvolver as atividades no tempo, espaço e ritmo de cada participante, auxiliando o professor no gerenciamento dessas atividades. Muitas são as especulações sobre ambientes virtuais, mas segundo Santos (2003), “[...] podemos afirmar que um ambiente virtual é um espaço fecundo de significação onde seres humanos e objetos técnicos interagem potencializando assim, a construção do conhecimento, logo da aprendizagem [...]”, logo percebemos que a utilização deste espaço objetiva uma inovação nas metodologias utilizadas por um professor, permitindo a este que saia do tradicionalismo da sala de aula e dos materiais que nela são ofertados.
Os ambientes virtuais de aprendizagem podem ser utilizados em: atividades presenciais, possibilitando aumentar as interações para além da sala de aula; em atividades semi-presenciais, nos encontros presenciais e nas atividades à distância; oferecendo suporte para a comunicação e troca de informações e interação entre os participantes. Conforme Moraes (2002, p.203) “Em qualquer situação de aprendizagem, a interação entre os participantes é de extrema importância. É por meio das interações que se torna possível a troca de experiências, o estabelecimento de parcerias e a cooperação”. O uso do AVA oferece as seguintes vantagens:
• a interação entre o computador e o aluno;
• a possibilidade de se dar atenção individual ao aluno;
• a possibilidade do aluno controlar seu próprio ritmo de aprendizagem,
  assim como a  sequencia e o tempo;
• a apresentação dos materiais de estudo de modo criativo, atrativo e integrado,      estimulando e motivando a aprendizagem;
• a possibilidade de ser usada para avaliar o aluno.
Os ambientes virtuais de aprendizagem agregam várias tecnologias encontradas na Web para provê a comunicação, disponibilização de materiais e administração do curso. O conjunto de funcionalidades que cada ambiente possui é estabelecido pelos requisitos definidos em cada ambiente. Conforme Gonzales (2005), as funcionalidades dos ambientes virtuais de aprendizagem podem ser organizadas em quatro grupos de ferramentas: de Coordenação, de Comunicação, de Produção dos Alunos ou de Cooperação e de Administração.
• Ferramentas de coordenação servem de suporte para a organização de um curso. São utilizadas pelo professor para disponibilizar informações aos alunos, tanto informações das metodologias do curso (procedimento, duração, objetivos, expectativa, avaliação) e estrutura do ambiente (descrição dos recursos, dinâmica do curso, agenda, etc), quantas informações pedagógicas: material de apoio (guias, tutoriais), material de leitura (textos de referência, links interessantes, bibliografia e etc) e recurso de perguntas frequentes (reúne as perguntas mais comuns dos alunos e as respostas correspondentes do professor).
• Ferramentas de Comunicação, que englobam fóruns de discussão, bate-papo, correio eletrônicos e conferência entre os participantes do ambiente têm o objetivo de facilitar o processo de ensino-aprendizagem e estimular a colaboração e interação entre os participantes e o aprendizado contínuo.
• Ferramentas de Produção dos Alunos ou de Cooperação oferece o espaço de publicação e organização do trabalho dos alunos ou grupos, através do portfólio, diário, mural e perfil (de alunos e/ou grupos).
• Ferramentas de Administração oferecem recursos de gerenciamento, do curso (cronograma, ferramentas disponibilizadas, inscrições, etc),de alunos (relatórios de acesso, frequência no ambiente, utilização de ferramentas, etc) e de apoio a tutoria (inserir material didático, atualizar agenda, habilitar ferramentas do ambiente, etc).
Através delas é possível fornecer ao professor formador informações sobre a participação e progresso dos alunos no decorrer do curso, apoiando-os e motivando-os durante o processo de construção e compartilhamento do conhecimento.
Dentro dos Ambientes Virtuais de Aprendizagem podemos utilizar outras tantas ferramentas como chats e blogs. Compartilhamento de vídeos, imagens e textos, possibilitando aos alunos maior possibilidade de interação com um vasto mundo de informações, como diz Santos (2003), “[...] a aprendizagem mediada por AVA pode permitir que através dos recursos da digitalização várias fontes de informação e conhecimento possam ser criadas e socializadas [...]”, assim podemos ver mais uma facilidade possibilitada por esta ferramenta educacional, o estudante não é obrigado a deslocar-se a alguma biblioteca, mas pode acessar livros digitalizados através das bibliotecas virtuais.


REFERÊNCIAS:


MENDONÇA, Alzino Furtado de; MENDONÇA, Gilda Aquino de Araújo; RIBEIRO, Elvia Nunes.
A IMPORTÂNCIA DOS AMBIENTES VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM NA BUSCA DE NOVOS DOMÍNIOS DA EAD.
Disponível em: http://www.abed.org.br/congresso2007/tc/4162007104526AM.pdf, ultimo acesso em 20/05/2013 às 10h27min.

PENTERICH, Eduardo. Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Disponível em: http://www.metodista.br/atualiza/conteudo/material-de-apoio/livros/sala-de-aula-e-tecnologias/cap05.pdf, acesso em 24/05/2013 às 22h00.
Ambiente Virtual de Aprendizagem e sua incorporação na UniCamp. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v29n2/a11v29n2.pdf, acesso em 24/05/2013, às 22h58min.
SANTOS. Edméa Oliveira. Ambientes virtuais de aprendizagem: por autorias livre, plurais e gratuitas. In: Revista FAEBA, v.12, no. 18.2003(no prelo). Disponível em: http://www.comunidadesvirtuais.pro.br/hipertexto/home/ava.pdf, ultimo acesso em 21/05/2013 às 22h50min.

Características essenciais do aluno e do professor na EAD



Willams dos Santos Rodrigues

Ser um aluno EAD não é tão simples o quanto parece, ainda existe um grande pré conceito em relação a educação a distância, porém, o que essas pessoas precisam saber é que, para ser um aluno nessa modalidade de ensino é tão importante e exigente quanto a presencial, pois os conteúdos estudados por aqueles que fazem um curso presencial são os mesmos dos que fazem em EAD, sem contar que se não fosse um curso sério e respeitado, não seria aprovado pelos órgãos competentes, como por exemplo, o MEC (Ministério da Educação). Lógico que aqueles que não atendem aos requisitos, são fechados e proibidos de funcionar, até que provem o contrário. Então, tudo isso, faz com que a EAD seja tão importante e respeitada quanto a presencial.
Para ser um aluno EAD, precisa-se primeiramente ter conhecimento e saber utilizar as tecnologias necessárias antes mesmo de começar um curso, saber organizar o tempo disponível para leitura, participação no ambiente, troca de experiências entre outros aspectos. Eu diria então, que esse é o primeiro passo para ser um aluno na modalidade EAD.
De acordo com esses pressupostos, não poderia deixar de citar as dificuldades encontradas na EAD, pois da mesma forma que encontra-se problemas no presencial, não poderia ser diferente na educação a distância. Mas como fator principal, eu diria que a maior dificuldade seria justamente o não saber fazer uso dos equipamentos que são disponibilizados pelo curso ou até mesmo em casa, quando estes alunos não tem acompanhamento dos professores ou tutores, outra dificuldade seria a disponibilização da internet para que se possam ser ministradas as aulas nos polos, e aí, eu digo isso pelo funcionalismo público o qual tenho conhecimento. Esses são então considerados as primeiras dificuldades encontradas na EAD.
Destaco também a importância do professor na educação a distância, sendo ele auxiliado por tutores. Mas para ser um professor em EAD, a situação não fica tão diferente da situação do aluno em relação as tecnologias, pois, como já mencionei antes sobre o aluno, o professor também precisa ter conhecimentos e experiências sobre essa modalidade de educação, bem como o uso dessas tecnologias utilizadas, para que ocorra toda uma interação entre professores e alunos. Essas são as primeiras e essenciais características de um professor em EAD.
Portanto, ainda estamos longe de termos um excelente sistema de educação à distância, mas também percebe-se o quanto já foi feito e o quanto ainda tem-se a fazer por essa modalidade. Não muito distante, haverá muito mais transformações positivas acontecendo na EAD.



Educação à distância e as implicações do uso de recursos midiáticos

 Polyana Marques Lima 
Torna-se difícil pensar em Educação à Distância sem ter um pouco de conhecimento do que se trata. No entanto, o próprio nome já nos dá alguma informação quando pensamos no significado de distância – espaço entre duas coisas ou pessoas, segundo o dicionário Aurélio – então seria um tipo de educação em que professor e aluno não estão no mesmo ambiente. Seria aquela educação que nem o educador nem estudante precisariam estar presentes num lugar na mesma hora, naquela hora exata. Tendo por base o texto da Nara Pimentel e buscando apoio em outras informações, farei algumas reflexões acerca do tema, e de seus conceitos para melhor entendimento dessa modalidade educacional, juntamente com a utilização das tecnologias.
 
A partir da leitura de alguns conceitos pode-se afirmar que a educação à Distância não precisa de um ambiente formal para acontecer, mas ocorre sendo mediada pelo uso das Tecnologias, as chamadas TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação), no entanto é preciso que haja uma instituição para que esta educação seja fornecida de maneira organizada, e desta forma temos os gestores, professores, tutores e os materiais que serão fornecidos aos alunos por meio das tecnologias adotadas.
 
Desde seu surgimento, foram muitas as formas de realização desta modalidade educacional, modificadas ou aperfeiçoadas pelo avanço tecnológico. Inicialmente eram utilizadas correspondências por correio, mas também era utilizado rádio, televisão, vídeo aulas por CD, e assim foi avançando. Hoje existem ferramentas utilizadas pela internet como os Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), que permitem que os conteúdos como textos, vídeos, e também trabalhos feitos pelos alunos sejam postos lá, e assim professor e alunos tem acesso a qualquer momento.
 
Desta forma facilita-se o processo de ensino-aprendizagem com o uso dos recursos tecnológicos oferecidos, segundo Pimentel (2006, p. 28):
 
De acordo com os avanços tecnológicos, várias ferramentas de comunicação e gerenciamento da informação vêm sendo oferecidas para os usuários das mídias em geral. A maioria dessas ferramentas pode ser disponibilizada na Internet... esses recursos tecnológicos são agrupados de acordo com a sua funcionalidade: comunicação e gerenciamento de informação. 
 
Desta forma a utilização dessas ferramentas de comunicação exercem fundamental importância na realização da EaD, pois fornecem possibilidades de comunicação e interação entre os professores ou mediadores e os alunos, e também possibilitam acesso aos conteúdos.
 
Em primeiro momento cabe colocar um conceito de Educação à Distância dado por Moran (2002) que diz que “Educação a distância é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente”, entende-se então a importância dada as tecnologias que possibilitam esse processo. No entanto nem sempre é assim para todos, pois o avanço tecnológico nem sempre está ao alcance de todos que se utilizam desse modelo educacional por diversos problemas enfrentados ao lidar com o uso das mídias.
 
Desta forma, primeiramente, se fazem necessárias duas coisas: acesso aos recursos tecnológicos e instrução e aprendizagem de como utilizar essas mídias para o desenvolvimento educacional. Ora, se o estudante não tem fácil acesso aos recursos midiáticos, não conseguirá, também, contato fácil aos conteúdos e informações e ele direcionados. Portanto, pela distância que existe entre professor e aluno é preciso muito empenho deste para sua aprendizagem e assim conseguir êxito em sua formação.
 
 
Referências:
 
MORAN, José Manuel. O que é educação à distância. 2002, disponível em: http://www.eca.usp.br/moran/dist.htm, último acesso em 26 de abril às 22h00.
 
PIMENTEL, Nara Maria. Educação à Distância. SEAD/UFSC, Florianópolis, 2006.